Nova AJP PR7

Partilho aqui com a malta, a nova AJP PR7 (660cc) - Digam lá, se não tem um óptimo aspecto

Se tem...sinceramente não percebo qual o objectivo desta mota, para competição não estou a ver, principalmente pela cilindrada, para lazer na minha opinião tem um aspecto pouco trail
Só tenho pena de a AJP não apostar numa 250 2 tempos para competição enduro e numa 350 a 4 tempos de enduro lazer, a PR5 que é uma excelente mota, acaba por ficar um pouco limitada para que quer mais força.
Queria tecer um comentário acerca desta marca nacional, a AJP na minha opinião até agora tem uma estratégia de produção acertada no mercado actual e a prova disso são as suas vendas, principalmente nos mercados estrangeiros, nomeadamente em França.
A sua filosofia de mota de todo o terreno para lazer, na minha opinião são a opção mais acertada para a esmagadora maioria dos praticantes desta modalidade. Como sabemos em Portugal a realidade é um pouco diferente, cá os praticantes gostam é de, quanto mais potente melhor
Na minha opinião o que está a faltar a AJP é uma aposta maior no marketing nomeadamente vídeos promocionais, e presença em mais eventos e campeonatos. Outra aposta seria em produção de modelos para praticantes mais experientes.

Na minha opinião a única coisa que falta as AJPs é apenas uma decoração mais apelativa. Esta PR7 dizem ser protótipo mas acredito que deverá ser muito idêntica a versão final de produção.

Penso que a AJP vai no bom caminho e o lançamento desta nova mota é prova disso mesmo. A AJP tem sabido explorar o mercado com produtos direcionados um praticante puramente amador o que na maioria somos quase todos nós. Esta PR7 como não podia deixar de ser, não foge a filosofia da marca desta feita no segmento das trail que também tem crescido consideravelmente nos últimos tempos.

Já estou a ver uma data de praticantes em expedições a Marracos na nova PR7.

LUIS QUINTA escreveu:

Como sabemos em Portugal a realidade é um pouco diferente, cá os praticantes gostam é de, quanto mais potente melhor

Sim, também acho que essa deve ser a razão para a AJP não vender mais em Portugal: são baratas, bonitas, fiáveis, mas pouco potentes ...

BrunoXCunha escreveu:

Já estou a ver uma data de praticantes em expedições a Marracos na nova PR7.

Pois, acho que será uma máquina perfeita para isso.

Bem esta mota só pelo motor que igual ao da Yamaha XTZ Tenere 660 já vale bastante
O que a AJP podia fazer era comprar uns motores a Yamaha e fazer umas motas de guerra tipo como faz a Gas Gas nas suas 4 tempos.
E por acaso é engraçado pois a Gas Gas equipa a sua Camy 250 4 tempos de trail com o mesmo motor que a AJP equipa a sua PR
Nas 2 tempos talvez a Gas Gas estaria disponível para lhes vender uns motores, ainda por cima estão a precisar

Excelente vou comprar quando me reformar, que é brevemente...

Tive na FIL e vi a maquina ao vivo e a cores e posso dizer que tá com muito bom aspecto!!!
Entretanto surgiram uns rumores que já não irá levar o motor 660 minareli e irá montar um Husqvarna agora qual não sei. Fala se também que o preço ira ser entre os 7mil e 10mil, eles (AJP) que não se estiquem muito senão depois a malta não compra o que acho uma pena pois parece me uma otipa solução

b.claudio escreveu:

e irá montar um Husqvarna agora qual não sei.

Sim, é isso, li que irá montar um motor de 600cc de Husqvarnas antigas...

Esta será uma alternativa económica, para os amantes dos estradões alentejanos e dos raids africanos:

Para que não sabe, a AJP tem uma parceria com SWM, uma marca antiga marca Italiana famosa nos anos 70 pelas suas motas de Enduro, que agora rejuvenesce com uma injecção de capital por parte de um grupo Chinês.
Esta marca comprou tudo o que era da antiga Husqvarna e assim começa pela porta grande. Felizardos dos possuidores das "verdadeiras Husqvarnas que assim tem peças para assistência.

Boas pessoal procuro motor 200 ou 250 e também procuro escape tenho motor 125 com kit 159mas não estou satisfeito

E a PR7 está no mercado. A quem a quiser conhecer, aconselho a leitura desta última Motojornal:

Não sei ate que ponto esta mota traga mais vendas a nossa marca AJP.
Por um lado a aposta numa mota do segmento Trail mono cilíndrica de grande capacidade (600cc), parece ser uma boa aposta, visto que todas as marcas principais estão a enveredar por bicíclíndricas, mais pesadas e com um comportamento demasiadamente estradista.
Esta AJP acaba por cativar aquele cliente que quer uma verdadeira mota Trail. Lembram-se da Tenere 600?
Pois até a Yamaha que ainda tem a venda a sua grande  Tenere 660, está a pensar em substituir esta mota por uma de 2 cilindros de 700cc  
Bem acabo por perceber um bocado, pois o mercado é que manda e se calhar assim é que se vendem motas.
Então desta forma a AJP, está a fazer uma aposta contra corrente, o que acaba por ser um pouco inglório, pelo menos para uma marca tão pequena como a AJP. 
Na minha opinião acho que a AJP deveria alargar mais na opção Enduro (uma 350cc ou 450cc) em vez de enveredar por um caminho, que ao que parece, quer motas Trail, mas para andar na estrada. 
Eu que caminho para velho e um dia vou arrumar as botas do monte e vou querer uma verdadeira mota trail, que me permita ir ao Geres pela estrada e andar pelos estradões a passear com a minha mulher, vou querer sem duvida uma mota tipo esta AJP, mas claro como eu para já são poucos, a maioria quer aquelas trail de estrada 

LUIS QUINTA escreveu:

... visto que todas as marcas principais estão a enveredar por bicíclíndricas, mais pesadas e com um comportamento demasiadamente estradista.

Isso é verdade, basta dizer que, entre Janeiro e Outubro de 2016, a trail mais vendida em Portugal, foi a BMW R 1200 GS (473 unidades, segundo dados da ACAP).

LUIS QUINTA escreveu:

Esta AJP acaba por cativar aquele cliente que quer uma verdadeira mota Trail. Lembram-se da Tenere 600?

Claro que me lembro da Ténéré 600! Eu adorava esta mota e não resisto a partilhar aqui uma foto dela (a mota é linda!). Lembro-me de, em 88 ou 89, deliciar-me com uma que apareceu no meu liceu (parque de estacionamento cheio de cinquentinhas - DT´s, scooters, etc…- e uma Ténéré 600 lá no meio). Ainda por cima, o dono sacava cavalos   …

LUIS QUINTA escreveu:

Eu que caminho para velho e um dia vou arrumar as botas do monte e vou querer uma verdadeira mota trail, que me permita ir ao Geres pela estrada e andar pelos estradões a passear com a minha mulher, vou querer sem duvida uma mota tipo esta AJP, mas claro como eu para já são poucos, a maioria quer aquelas trail de estrada 

Sim, esta AJP é uma verdadeira mota trail e perfeita para fazer o que tu dizes.

Já li a MotoJornal e fiquei mais uma vez maravilhado com a entrevista ao Sr António Pinto. Nota-se sempre um grande entusiasmo com a marca, ou não fosse ele o mentor...
Quanto a mota em si, acho que já disse o que penso e que confirmei ao ler o teste.
Mas para mim a grande novidade é a promessa para breve do nascimento de uma 450cc a 4 tempos.
António Pinto, disse que a mota vai obedecer a filosofia da marca, onde a componente de lazer é a prioridade.
Achei piada o seu comentário em jeito de desabafo, dizendo que o projecto 450 ficou para trás devido ao facto de, ao querer escolher um motor Japonês, as venda da mesma ficavam proibidas nos USA e Austrália.
Talvez este problema esteja agora resolvido com o novo acordo com a SWM.

LUIS QUINTA escreveu:

Mas para mim a grande novidade é a promessa para breve do nascimento de uma 450cc a 4 tempos.
António Pinto, disse que a mota vai obedecer a filosofia da marca, onde a componente de lazer é a prioridade.

Sim, é verdade, será uma 450 dentro da filosofia enduro-lazer, que ele justifica dizendo que, em relação a uma mota de competição, "a maior parte das pessoas não tira proveito dela. Quando as peneiras de café estão acima das reais necessidades e capacidades do utilizador, tudo está errado".

E aqui está a PR7 em competição, na Baja Portalegre 2017, aos comandos do piloto Domingos Santos: fez 8º no primeiro dia e desistiu no 2º, devido a queda aparatosa (as melhoras para o piloto ).

AJP PR7 GOLD EDITION

AJP no CNTT e na Taça Mundial de Bajas com Tiago Santos.

Bem, a aposta nem foi tão má quanto se antecipava ao início.
Quase 10 anos depois, a mota ainda vende.,

Imagino que dependa mais do mercado estrangeiro do que do português.
Estarei engadado?

A AJP é prova que não basta ter um bom produto, tem se apostar muito no marketing, e isso a AJP ou não o sabe fazer ou não acha necessário, que acho o mais provável, talvez devido ao facto de estarem contentes com a venda de 1000 motas por ano
Digo isto porque estou farto de ler e ver vídeos de testes as motas premium da AJP onde reconhecem bastantes qualidades técnicas e de desempenho, mas as vendas são realmente baixas comparando com outras marcas.
Talvez na cabeça do fundador e criador da marca esteja um pensamento de precaução em vez de aventureiro.