Afinação carburador Yz 250

Boa tarde, amigos tenho uma yz 250 de 2004 a qual deita muito óleo pelo escape, uma vez que este fica todo babado de óleo em pouco tempo, também reparei que a vela também fica totalmente preta de óleo, acho que não é normal! Penso que esteja com um consumo muito rico e por isso já desci um ponto a agulha do carburador, mas continua na mesma, tenho montados no carburador os giclers 48/180 e faço a mistura a 2%! Alguém me pode dar ideias ou sugestões do que será e que fazer mais para resolver o problema?!! Obrigado

Pelo que descreves tens um "problema" muito simples de resolver, passas a fazer uma mistura a 1,75% e vais ver que tudo se resolve.
Usa é óleo 100% sintetico e a 1,75% evita andar muito tempo (estrada ou areia) em altas rotações.
Usar a mistura a 2% é mesmo para quem anda sempre ao "ataque" , com o motor em altas rotações continuas.
Não é por de vez em quando levar a mota ao máximo que se deve andar com uma mistura de óleo alta.
Outro factor que influência bastante é a qualidade do óleo, por isso se deve usar um óleo 2 tempos 100% sintético.

Boa noite, obrigado Luís também já me lembrei disso, mas como a mota já tem uns anos e no manual ainda recomendam a mistura a 3%, não queria arriscar abaixo dos 2, mas como dizes isso é a mistura para quem anda sempre a fundo! Vou experimentar a sugestão, até porque uso um óleo que penso ser muito bom, o Motul 710 2T com tecnologia ester! Cumprimentos.

Pois, o fabricante tem que sempre dar uma valor referência, neste caso uma YZ é uma mota de motocros.
Como sabes no motocross, um piloto já com algum nível, faz mangas de 20 a 30 minutos, quase sempre a fundo e a regimes altos.
Quando se usa uma mota destas nos caminhos do monte, se reparares usas mais as baixas e médias rotações e o óleo se tiver em quantidades excessiva sai pelo escape sem ser devidamente queimado, originando a que a vela fique preta e queime mal.
Uma boa maneira de ver se a quantidade de óleo está correta é realmente observar a cor da vela, esta tem que estar com uma cor parecida com café com leite mais para o escuro.

Sim tens razão, o fabricante tem que se precaver e dar um valor para a mistura recomendável para quem as leva ao extremo...não é o meu caso! Já tinha ideia que ver a cor da vela dizia alguma coisa, dai ter ido vê-la e pensar que seria excesso de gasolina e por isso ter baixado a agulha do carburador...se calhar foi errado!! Já agora sabes de alguma vantagem em ter a agulha mais acima ou será que a posso usar assim, um ponto abaixo do original?!

Boas..

Prontos para o testamento..

Este tema para mim é dos mais difíceis numa mota a 2t... Tenho uma yz 250 de 1997 completamente reconstruída, ou seja, praticamente nova. Antes de isso ela tinha me vindo a isolar muitas velas, era quase uma por depósito, uma coisa de outro mundo. Colocou-se a hipótese de ser a parte elétrica, compressão baixa (devido ao cilindro ovalizado ou pistão já cansado), lamelas, carburador etc. O que é certo é que depois de reparar todo o motor melhorou ligeiramente mas não resolveu o problema. Meti mãos a obra, medir toda a parte elétrica, ver lamelas etc. Tudo parecia estar dentro dos parâmetros do manual. Foi desta forma que decidi focar-me apenas no carburador. A segunda Guerra começou... Configurei o carburador como na origem (versão Japão), gigler 172, 48, agulha N3VF ranhura 3, 1-3/4 de volta de ar, boia a meio da tolerância, filtro de ar limpo etc. Resultado, a mota deita-me óleo e óleo queimado pela ponteira, faz poço quando rodo punho bruscamente etc. Mais estralho de tudo, a mota em baixas numa descida sem acelarar ou acelerando no mínimo quando desengatada dá a sensação que lhe está a faltar gasolina, uma espécie de relanti instável. Continuando, baixei a agulha, fechei e abri ar poucas melhorias.. Decidi colocar um gigler de baixas 45 uma vez que o meu problema se encontra em baixas até médias. Com esse de 45 pouco se notou, volta a subir e a descer a agulha abrir e fechar ar etc. Um processo por tentativas ver se melhora ou piora, já para não falar nas dezenas de vezes que é preciso tirar a vela para ver o estado dela nas três faixas principais (baixas, médias e altas).
Resultados poucos satisfatórios.
Posto isto há ainda uma coisa que ainda me "assustou" mais, a configuração do carburador para EUROPA manda enriquecer a mistura! Ora se ela assim já é o que é o que fará com a mistura mais rica! Mas como sou curioso e gosto de perceber aquilo que faço lá vou eu.. Gigler 172, 52, agulha N4VF ranhura 3, 1-1/4 volta de ar, boia a meio da tolerância, filtro de ar limpo etc.
Vocês perguntam, agora deve estar uma torneira de óleo no escape certo? E eu digo, praticamente igual! Provavelmente melhor na resposta do acelerador ainda, posso andar ao relanti rodo a fndo e a mota responde sem embrulhar! Agora o problema está lá na mesma e não gosto do que vejo, em baixas-médias deita óleo queimado a mais e andar devagar dá a sensação que a mota vai engasgadinha de todo quando na realidade rodo punho e tenho uma resposta imediata!
Quase para terminar... Ainda não estando do meu agrado porque vou fazer meter novamente o gigler de 48 e vou subir o nível da boia par ao mínimo como diz o manual para tentar combater aquela sensação da falta de combustível em regimes de lentas (isto na configuração origem japão, ou seja inicial)

Há um desafio que quero deixar aqui a todos e que eu estou a tentar perceber o porquê e como interfere na carburação, é o ajuste do relanti (na rodinha)!!!!!!!!!!!!!!
- Se desapertar (subindo o "pistãozito") a mota melhora a queima da gasolina e visivelmente deita menos óleo do escape, mas continua a fazer poço se rodar bruscamente o punho (com mota desengatada).
- Se apertar (descendo o "pistão") a mota queima pior mas por outro lado deixa de fazer o tal poço e acelera limpo!!

Encontrei a volta certa do parafuso do relanti até ela deixar de fazer poço mas dessa forma a mota também não tem relanti, para-me se tirar a mão do punho.

Portanto está aqui um mistério que tem muita influência na matéria.

Para já estou a pensar apostar no gigler de minimas 52 subindo o nivel da boia para o minimo para entregar mais gasolina em baixas e depois compensar com a "subida" do parafuso do relanti uma vez que este permite uma espécie de entrada de mais ar daquilo que eu começo a ver. NÃO CONFUNDAM PARAFUSO/RODINHA DE AJUSTE DO RELANTI COM O PARAFUSO DO AR!!!!

Isto é um processo lento e de paciência para quem queira deixar a mota o mais afinada possivel, mas é o que é..
Se não melhorar mais vou colocar a hipótese de ser a guilhotina do carburador com desgaste e adimite mais ar, o difusor onde passa a agulha também já com desgaste e admite mais gasolina, o corpo do parafuso do relanti com desgaste etc. Todos estes fatores podem perfeitamente ter influência e acabam por interferir na afinação e nunca se conseguir obter uma queima certa.

Para já é isto depois dou o meu feedback desta grande guerra que tenho tido.

Resumindo, quando adquiri a mota a 10 anos era raro isolar uma vela e queimava minimamente bem, com mistura 3% como diz no manual, depois em pouco, ou seja, à 3anos para cá mais ou menos foi ficando assim. O motor foi reconstruído este ano a luta do momento tem sido esta.
Agora quero chegar ao antes e não abdico dos 3% com óleo Yamalube 2R ou Castrol A747

É verdade que este tema é dos mais complexos nas motas a 2 tempos, e só com experiência e conhecimento é que se conseguem resultados.
As variantes que condicionam a afinação de um carburador de uma mota a 2 tempos de "competição" são muitas, o estilo de condução, terreno (modalidade), temperatura ambiente, pressão atmosférica, humidade, altitude, etc, são factores a ter em conta.
Um dos indicadores mais fiáveis de ver se a carburação está boa, é a cor da vela de ignição, contudo é preciso perceber o que se está a ver e interpretar os dados.
Resumindo, carburar uma 2 tempos tem muito que se lhe diga e realmente é preciso perceber muito bem como funciona um carburador.
Na minha YZ250 de 2006, eu uso uma agulha NECW na posição 2, gigler do máximo 168, mínimo 42 no inverno e 40 no verão, a boia está regulada para 6mm altura, o parafuso da mixtura ar gasolina é feito por "sensações" e só ligo ao facto de se tiver menos de uma volta o gigler do mínimo está pobre, mais de 2 voltas está rico, e faço neste momento uma mistura a 2.5%, Desta forma tenho um comportamento bastante bom pois tenho baixas médias rotações muito fortes e nas altas consigo alongar muito mais, também ajuda a culassa de YZ250X (menos compressão)