Yamaha DT 50 LCDE

Pois é caros amigos do Forum, decidi comprar uma DT 50 para a minha filha de 11 anos apreender a andar de mota.
Meus amigos tenho a vos dizer que foi a melhor coisa que fiz, porque além de tudo, está deve ser a mota mais fácil de 50cc e com mudanças, de conduzir e por consequência a melhor para apreender.
A versão que comprei é do ano de 2002, já tem arranque eléctrico!
Como a minha filha tem 11 anos e 1,50 de altura e a DT por ter rodas 17 atrás e 19 a frente, e altura ao chão ser realmente baixa, e o peso total da mota ser abaixo dos 90kg, facilita muito o ganho de confiança.
Com a mota parada, a minha filha põe os 2 pés no chão e consegue manobrar com a mota (bastante importante).
Depois outra característica deste modelo, o arranque eléctrico, não é porque uma 50cc a 2 tempos custe a pegar, mas sim porque quando se está apreender, pela quantidade de vezes que o motor vai abaixo, o botãozinho, ajuda sempre.
E agora o motor, meu amigos, esta 50cc é realmente surpreendente, que facilidade em arranque e entrega de potência mesmo em muito baixas rotações, digamos que só precisa mesmo da embraiagem para arrancar e mudança de velocidade, depois posso dizer que não precisa, mesmo muito devagar (eu a caminhar normalmente ao lado da mota), nunca é preciso embraiar para o motor funcionar, realmente surpreendente. E mesmo assim quando se acelera o motor responde e rapidamente sobe de rotações !!!
Outra vantagem deste motor da pequena "grande" Yamaha DT 50 LCDE, é o facto de aquecer muito pouco mesmo estando muito tempo ao relanti e em situação de arranques sucessivos, realmente muito bom.
De salientar que este modelo só tem um radiador e tem autolub.
A nível ciclistico, a mota está original (aliás toda a mota está original) e após uma revisão profunda de manutenção, com lubrificações e mudanças de óleo, tudo funciona perfeitamente. Esta mota nunca foi elogiada no comportamento fora de estrada mas para o efeito que a comprei vai servir perfeitamente. Além do mais apesar de ser baixa na altura do assento, reparei que tem uma distância do motor ao chão muito considerável (o cavalete de levantar a minha WR entra sem ser preciso pegar na mota !!!)
O único problema que tive com e a mota foi o escape que entupiu, e o motor não desenvolvia embrulhava, cheguei a pensar que era falta de ar na admissão, ou problemas de carburador, ou a parte eléctrica (bobine ou CDI) mas não, era mesmo o escape entupido. Com uma pistola de ar quente queimei tudo, que fumarada aquilo fez, chegou mesmo a pegar fogo. Mas ao menos ficou com o escape limpinho e voltou a funcionar perfeitamente.
Fica então a partilha de mais uma experiência minha com uma mota que tem muita história em Portugal, chegou a haver uma versão que tinha escrito na decoração original da mota, "cabo da roca" em japonês.
Enfim, de certo que muitos de vos apreendeu a andar de mota com uma DT 50 mas de certeza que existem muitos de vos que estão na duvida na mota que comprar para ensinar os filhos ou outros a dar os primeiros passos no mundo das motas de mudanças e aqui a Yamaha DT50LC sem dúvida, e na minha opinião é a melhor opção. (não esquecer que esta mota tem matricula e pode ser conduzida por jovens de 14 anos, no meu tempo era aos 16)

Fantástico!  

A DT LC é uma motinha que faz parte da história da malta da nossa geração. Todos andamos, pelo menos numa… Era a cinquentinha mais procurada pelos adolescentes de finais dos anos 80 e década de 90. À porta dos liceus, havia sempre várias. Agora, é raro ver uma e, quando vejo, é com saudade. Confesso que desconhecia esta versão mais recente, com arranque eléctrico…

E para cinquentinha, o motorzinho respondia bem. Havia muita malta que sacava cavalos… Aliás, quem tinha uma DT, tinha que aprender a sacar: “já sacas?” – Era a pergunta que a malta fazia, aos novos donos de DT`s. Andar numa DT, era um espectáculo!  

LUIS QUINTA escreveu:

O único problema que tive com e a mota foi o escape que entupiu,

Havia muita malta que a primeira coisa que fazia, após retirar os piscas, espelhos e manómetros (e colocar uma mica de enduro, hp para quase toda a gente), era arranjar uma ponteira, para ficar com um cantar mais bonito.

LUIS QUINTA escreveu:

Esta mota nunca foi elogiada no comportamento fora de estrada mas para o efeito que a comprei vai servir perfeitamente.

Claro que vai. Então, no final dos anos 80 e princípios de 90, lembro-me de as ver no nacional de enduro (classe 50cc dos verdes). E aproveito para partilhar aqui a foto duma em prova (com capacete GPA, quase todos tivemos (eu por acaso tive), ou quisemos ter, um capacete destes):

eu não tive, tive uma yaamha BW´s, mas sempre sonhei com uma

agora nem se pode comprar, parece que têm ouro, pois pedem 1500€ por uma DT toda escafiada e mitrada

Pois isso é verdade, eu para encontrar esta tive que ser bastante paciente...e por um acaso encontrei-a num stand, Yamaha Machado em Vila do Conde, estava impecável e a um preço muito bom!!!

Nos anos 90 era assim, por todas as cidades deste país, que víamos DT´s a andar :

Agora é mesmo raro ver alguém a "sacar uns cavalos pelas ruas" mas de certa forma ainda bem, é uma manobra arriscada e que pode causar acidentes graves.
Penso que estas novas gerações estão mais sensibilizadas para o civismo na estrada e de certa forma cientes dos perigos.

também dava para andar com essas brincadeiras porque as ruas andavam muito mais vazias

ate havia picanços nas ruas, hoje só mesmo em auto-estradas e mal

Já agora, alguém me pode arranjar o manual de serviço desta mota, estou farto de pesquisar na net e só encontro o da LC (não serve) e o manual de utilizador.
Esta mota é de 2002, obrigado

Pois é, é verdade que LC é diferente de LCDE :

Parabéns pela nova aquisição, sempre um "Yamaha" fanático

A DT foi a 1ª mota de sonho , embora na altura sem o arranque eléctrico…
Nesta altura estão "estupidamente" inflacionadas, por estar na moda tudo o que é "vintage", mas é sem dúvida uma excelente escolha e sendo mais baixa que a concorrência (rodas 19 e 17), uma vantagem para os mais novos…

Tive amigos há procura de 50cc para os filhos se iniciarem no Mini-enduro e não está fácil...

A série DT só foi a 1º modelo da Yamaha dedicado a uma utilização TRAIL Enduro. Foi um autentico sucesso 1ºnos nos Estados Unidos e depois no resto do mundo.
A DT 50 foi daquelas motas impulsionadoras de muitas paixões e eu com 16 anos fui mais um ferrado pelo "bicho".
Agora estou a tentar mostrar a minha filha o melhor do mundo das 2 rodas, andar na terra.
Realmente é certo que o fenómeno DT 50 está ao rubro, e eu que o diga, não foi nada fácil arranjar uma DT 50 no estado e pelo preço que consegui.
Descobri no outro dia que o motor desta LCDE tem um veio de equilíbrio, isto é, compensa as vibrações da cambota. Realmente estranhava uma 50cc a 2 tempos com vibração nula, impecável, e agora percebo o porquê da facilidade de utilização do motor, realmente uma verdadeira Yamaha Made In Japan.

guzz escreveu:

A DT foi a 1ª mota de sonho , embora na altura sem o arranque eléctrico…

Não há dúvida de que a DT faz parte da história, da malta da nossa geração ...
Esta foi a 1ª que me lembro de ver surgir no mercado, nos finais dos anos 80 :

Velhos tempos, a Yamaha nesse tempo era realmente uma marca especial, ainda hoje o é, mas de uma forma diferente.