wr450f

boas meu nome e adriano e sou da zona de barcelos ... comprei recentemente uma wr450f de 2004 aparentemente muito estimada e gostava de saber quais os problemas cumuns e cuidados que devo ter com a bixinha .... tem bom feedback esses motores ou nem por isso ?? cumprimento a todos os membros

Olá Adriano  

Compras-te uma excelente mota, pelo menos é uma Yamaha e no campo de fiabilidade é das melhores.
Estas motas na versão com o quadro de aço tem um comportamento excelente, mas são um pouco pesadas, mas só parada a manobrar em trialeiras é que se nota esse peso. Mas de resto é uma mota muito boa na minha opinião e da critica também.
Eu tenho uma WR450F de 2007 (quadro de alumínio) e já tenho 9000km feitos unicamente no monte e por curiosidade como sou de Esposende costumo andar ai nos montes a volta do S. Gonsalo (posto de vigia).
Na minha mota tive um único problema com a bomba de água que tinha o veio da bomba de água danificado e vedantes gastos. Como sou bastante atento fui bem a tempo de reparar este problema, que pode ser fatal para o motor. Isto aconteceu porque o 1º dono foi descuidado com a manutenção e teve a mota parada uns anos (comprei a mota com 3300km em 2014) e como nunca tinha trocado o liquido refrigerante isso foi fatal. Engraçado que na minha WR250F de 2004 aconteceu o mesmo!!! também tinha muito pouco uso e quando comecei a  usa-la deu o mesmo problema. Em ambos os casos nem valeu a pena só trocar o liquido refrigerante, o problema está mesmo no estado degrado que fica o veio da bomba de água (ganha ferrugem e fica picado)
Há relatos de usuários que fazem 20.000km sem avarias e com a mesmo pistão corrente de distribuição e com as mesmas válvulas, aliás neste campo é realmente um fenómeno, pois sendo de titânio praticamente nunca desafinam, o mesmo não acontece com todas as outras!!! Contudo convém vitrificar ao fim de 2000km pelo menos, assim como a folga da corrente de distribuição, que puxando por ela no topo da roda dentada, não deve chegar a meio do dente.
Contudo existem cuidados que deves ter nestes motores que são, trocas de óleo no máximo ao fim de 1000km com troca de filtro e usar um óleo 10/40W ou um 10/50W mas 100% sintético. O filtro do ar deve andar sempre limpo e com óleo especifico.
Eu como faço trialeiras troco um pouco mais cedo faço 30h ou 900km no máximo, por vezes troco aos 800km. Por acaso fico admirado que no filtro não tem limalhas ou residos!!! Já tive uma WR250F e essa sujava bem mais o filtro. Atenção que o óleo que lubrifica o motor é o mesmo que lubrifica a caixa de velocidades e embraiagem.
Outro conselho que te posso dar é usar a ponteira original e manter as afinações de origem no carburador. Digo isto porque quando comprei a minha usada, o antigo dono andou a "inventar" e a mota além de consumir muito, mais parecia uma YZ-F na resposta, que era muito bruta. Ora para andar no monte não faz sentido, além do mais a mota nas trialeiras ai abaixo com muita facilidade. Só depois de afinar com os setings originais é que comecei a tirar partido da mota e fiquei maravilhado. Este motor tem muita força e é suave na entrega da potência (mesmo em pisos escorregadios) e quando preciso levanto a frente quando quero    Ainda por cima consegui passar de consumos de 10lts aos 100km para 6.5/7lts aos 100km !!!
Uma melhoria que podes fazer na mota é na forqueta, essas Kayaba 46 são porreiras, mas com um toque na válvula de compressão ficam excelentes. Aconselho é a mudares o óleo da forqueta e usares o óleo original KYB 01, eu na minha já experimentei muitos e o original é sem dúvida o melhor compromisso preço comportamento, os baratos ao fim de umas horas de uso ficam sujos e a forqueta deixa de trabalhar convenientemente.
Outra melhoria que fiz na mota foi trocar a bateria original por uma de Lithium, são mais potentes, mais leves e carregam muito mais rápido (ao fim de 5 min. ficam praticamente carregadas no máximo.
A embraiagem nestas motas é um pouco dura, nem percas tempo, compra uma manete da marca Writz que comprei na Enduro Portugal Shop e fiquei com um tacto melhor e até mais suave que uma hidráulica, e custou 29€!!!
Aliás eu compro tudo nesta loja online de Braga, a nível de preços entrega e oferta não conheço melhor.
Na net existem muitos foruns a falar da tua e da minha mota, muita coisa é um  exagero mas se tiveres bom censo acabas por apreender muito e a tirar informação útil.  
Alguma dúvida estou ao teu dispor

Muito obrigado, tou a ver que está mesmo dentro do assunto, mas honestamente comprei porque adorei a estética da mota mas depois de andar sinto-me muito mais confortável na minha cr 125... Muito mais maleável e mais leve para trilhas. Adoro a wr pelo torque que ela tem vou convertela a supermotard mas tenho receio porque já li mil e uma história a cerca da caixa de velocidades...

Pois, comparar uma 450 a 4 tempos de Enduro com uma 125 a 2 tempos...ok  
Cada uma tem as suas vantagens e desvantagens, eu cá prefiro a 450  
Converter a WR450F e super motard é o mais comum, mas realmente esses problemas que ouves acerca da caixa de velocidades destas Yamaha se reparares, estão relacionadas com mudanças tardias de óleo e usarem óleos de fraca qualidade. Repara, fazer 1000km na estrada é muito rápido e muitos utilizadores pensam que na estrada não há desgaste e facilitam nas mudanças de óleo, ERRADO. Este motor foi desenvolvido para ser usado em todo o terreno e para funcionar a regimes diferenciados (altos e baixos) e precisa de trocas constantes de óleo (1000km máximo). Se vires bem até não fica caro, se comprares o óleo GRO 10/50W 100% sintético em que a lata de 4 litros ronda os 39€ e cada filtro de óleo fica a 5€ , acaba por compensar. É que reparar uma caixa de velocidades implica abrir o motor todo.  
Eu de transformações de supermotard não percebo nada, aliás nem aprecio, mas respeito quem as faça, no entanto percebo alguma coisa de motores e quando compro uma mota usada se souber que foi usada em versão supermotard ponho logo de parte. Como já disse, normalmente estes utilizadores descoram muito a manutenção, além do mais andam muitas vezes bastante tempo com o motor em regimes muito altos o que acelera muito o seu desgaste. Como já disse estes motores são pensados para ser usados em condução todo o terreno, e mesmo quando andamos em regimes altos são sempre por breves momentos. São opiniões e esta é a minha.

Ya é verdade... Mas há alguma técnica pá ver se o motor está em bom estádo ou tem mesmo de se abrir para ver??

O melhor é verificar, isso dos ruídos é relativo. Ao ver o estado do filtro óleo usado, o aspecto do óleo que sai, folga das válvulas e corrente de distribuição, côr da vela, e o lixo amarrado no rotor, da para ver com muita exactidão o estado do motor.

Ok mestre, tou a ver ta mesmo dentro do assunto, até faço questão um dia deixar testar pessoalmente, assim dá o seu parecer...

Mandei-te uma mensagem privada.

wr450 é máquina e quase uma referência em fiabilidade...

As de quadro em alumínio, apesar de algo "duras" são bem interessantes...

Eu tenho uma DRz e no meu grupo de amigos há uma wr450 de 2010 e notam-se bem as diferenças, principalmente quadro e suspensões

wr450 é máquina e quase uma referência em fiabilidade... As de quadro em alumínio, apesar de algo "duras" são bem interessantes... escreveu:

Pelos teus comentários, andas interessado numa mota mais evoluída que a tua Suzuki DR400Z.
Na minha opinião se te agrada a WR450F principalmente a de quadro de alumínio, é um excelente escolha.
Isso da 450 serem muito potentes e pesadas, para mim é um mito, eu tenho uma WR450F e só te posso dizer bem desta mota.
Quanto ao peso, esquece, estar a querer demonstrar que uma diferença de 5 kg é muito, é uma ilusão...e fica mais barato perder peso no nosso corpo e estar-mos em forma física.
O truque para ser uma excelente mota de Enduro é não modificar nada no motor, nada de escapes, mexer no carburador, desligar fios, etc...ela de origem é uma mota dócil e que anda para a frente.
Tem um golpe de gás bastante previsível, mesmo em piso escorregadio, e acaba por ser muito divertida, quando preciso de potência para me safar daquelas pedras que nos aparecem ou poças de água, ou mesmo em saltos, enfim...eu que venho da 250 a 4 tempos, não fico com saudades.
Para mim um bom investimento, e não me canso de dizer isto, é nas suspensões, na forqueta substituir as válvulas originais, e no traseiro, basta afinar corretamente, isto claro está, antes afinar bem para o teu peso, nem que seja preciso comprar umas molas adequadas. E digo sem duvidas nehumas que este investimento, fica bem mais barato que comprar um escape completo, daqueles que fazem um barunho "bonito".
Na fiabilidade, no meu caso, já vou com 10000km, e nunca precisei de afinar válvulas ou substituir qualquer peça de motor.

É verdade, ando à procura de algo + recente e principalmente mais leve e melhor apetrechado que a DRZ400, que foi uma grande escola e de uma fiabilidade incrível...

No entanto não estou totalmente convencido que as 450 sejam a escolha correcta, antes pelo contrário...

Claro que tudo depende de onde andamos e com quem, porque agora com o regresso, em força, das 2T, e com o Hard enduro em alta, a malta começou a preferir percursos + técnicos e onde o peso tem 1 papel enorme...

Para mim acho que as 300 / 350 são sem dúvida a escolha certa, embora com custos muito elevados dado serem muito recentes...
A Sherco 300 tb promete, e pelo menos aqui perto - na LOusã entraram em força e existem várias

Não sei até que ponto uma wr250f com escape a ajudar a libertar algo mais não serviria também, mas o LUís Quintas poderá opinar melhor sobre este tema...

Bem é obvio que para andar em trialeira extreme, daquelas muito inclinadas e onde é preciso por vezes pegar na mota a mão, uma 450 a 4 tempos é uma má escolhas, além do mais tem tendência a aquecer mais rápido e assim causar problemas de fiabilidade, embora nesta situação a minha WR450 surpreende.
Para esta ulização eu escolheria um 2 tempos, sem dúvida, mas optava pela 250cc, acho um motor mais polivalente que os 300cc pois pecam pelo consumo excessivo e em alguns casos cansativas em condução pura. Na 4 tempos, as Sherco são excelentes, são leves e baixas de assento, e tem uma boa fiabilidade.
Quanto a WR250F, claro que preparada fica uma excelente máquina mas a sua fiabilidade fica diminuída, ou melhor, exige mais cuidados. Na WR250F a melhor preparação passa por um bom escape completo, uma diferente carburação e melhorar a entrada de ar. Há quem lhes coloque um cilindro com mais diâmetro (big bore Athena) e a mota fica com 290cc, pelo que ouço dizer, e sendo bem feito, a mota ganha bastante mais potência em baixas rotações, mas lá está, estamos a falar em mais de 500€...quanto a fiabilidade deste kit, pelos comentários que já li, não trás problemas a curto prazo mas é óbvio que a longo prazo as peças que trabalham em conjunto, tipo rolamentos da cambota e biela, vão sofrer mais com esta alteração.

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